Um homem atualizado se cuida.
Na adolescência geralmente acontecem as primeiras relações sexuais com envolvimento genital e, na actualidade, elas têm ocorrido em idades precoces e com mais variabilidade de parceiros, contribuindo para o aumento da ocorrência de gestações não esperadas e de doenças sexualmente transmissíveis (DST).
O facto da internet e das redes sociais permitirem o acesso a um maior número de informação, incluindo pornografia, a par de uma maior permissividade por parte dos pais, que passam mais tempo fora de casa a trabalhar, é apontado como uma das causas para o fenómeno.Apesar de, à semelhança da pornografia, também o acesso à informação estar facilitado, isso não significa que os adolescentes estejam melhor informados e mais conscientes. Muito pelo contrário, num estudo realizado teve o resultado de 42% de jovens que já teve relações sexuais desprotegidas com novos parceiros.
No mesmo estudo realizado por uma universidade, cerca de 14% das pessoas afirma que temrelações sexuais desprotegidas porque os parceiros não gostam de utilizar métodos contraceptivos, sendo esta a segunda razão mais comum para a sua não utilização.
Este estudo veio mostrar números alarmantes de sexo desprotegido entre os jovens, bem como fracos conhecimentos sobre opções contraceptivas eficazes. Além disso, os jovens questionados evitam fazer perguntas sobre contracepção aos profissionais de saúde por vergonha, e não contam com o apoio das suas escolas para obter educação sexual adequada.
O ideal é a educação sexual começar em casa, por meio do diálogo franco e aberto entre adolescentes e seus encarregados de educação. Livros, brochuras ou folhetos sobre temas neste âmbito (as alterações físicas características da adolescência, a contracepção, a transmissão de DST) podem constituir um bom ponto de partida para este diálogo sendo, ao mesmo tempo auxiliares no processo de esclarecimento de todas estas questões. Na farmácia, estão disponíveis folhetos que podem, igualmente, servir de base para uma conversa no espaço confidencial com o farmacêutico.
É preciso dizer a verdade sobre as doenças transmitidas sexualmente, em que o risco aumenta muito com a banalização dos parceiros ocasionais. Doenças como as candidíases, as vaginites bacterianas e a tricomoníase, estre outras, são resolvidas através de um tratamento antimicrobiano adequado, sendo que na maior parte dos casos é necessário que haja tratamento do parceiro sexual.
Temos depois as situações muito mais graves a longo prazo, como é o caso da SIDA, da hepatites B e C e da infecção papiloma vírus humano, uma infecção vírica sexualmente transmitida, frequentemente assintomática, podendo desaparecer de forma espontânea, mas que pode dar origem a lesões vaginais benignas (verruga genital) ou, nalguns casos, lesões pré-malignas que podem originar o cancro do colo do útero (felizmente, já existe vacinação sendo recomendada a todas as raparigas a partir dos 13 anos de idade e antes do início da vida sexual activa).
Educar sexualmente adolescentes é um método recomendado, os pais têm aqui um papel muito importante.
Fonte: Homem Moderno.pt
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